Transtorno de Personalidade Antissocial (TPA): causas, sintomas e tratamento

Olá a todos da minha rede! Hoje falarei sobre Transtorno de Personalidade Anti-social. Os apreciadores de Freud entenderão esse transtorno para aquelas pessoas que apresentam personalidade perversa e um superego inadequado, em que fazem o mal porém não sentem “nadica” de nada.

Quais são as causas do TPA?

As causas do TPA são desconhecidas, mas muito provável que tenha uma questão genética. Outra causa provável é o ambiente principalmente na infância. Por exemplo quando a criança foi alvo e presenciou maus tratos dos pais, sofreu negligência e abusos, muito provavelmente porque um dos seus pais apresentavam TPA.

Quais os sintomas do TPA?

Como disse, o sintoma mais impactante é ausência de ansiedade e medo depois de fazerem algo inapropriado ou ilegal para pessoas, animais ou “coisa”. Podem roubar dinheiro, matar, ou qualquer ação que não está de acordo com os valores considerados éticos. Em outras palavras, não sentem remorso. Elas são hedonistas, buscam o prazer a qualquer custo na hora que quiserem, sendo incapazes de adiar a satisfação. Outro sintoma é a superficialidade de sentimentos e ausência de apego emocional com outras pessoas, apesar de seu comportamento ser exatamente o contrário e expressarem o amor. Mas internamente não é o que vivenciam.

As pessoas com TPA são inteligentes, possuem habilidades verbais e sociais acima da média, e apresentam justificativas racionais para seu comportamento inapropriado. Essas justificativas são para se safar da punição, mas caso sejam punidos, isso não parece ter um impacto em suas vidas, podendo voltar  ater os mesmos comportamentos inadequados.

Apresentam comportamentos impulsivos, se engajando até em situações de perigo pelo simples desejo de prazer, buscando sensações diferentes.

Qual é o tratamento do TPA?

Esse e o grande dilema. As pessoas não costumam procurar ajuda de especialistas devido a sintomas do TPA, mas o que acaba acontecendo é a punição devido as suas transgressões. Muitas pessoas consideram até que não há tratamento para esses casos. Não existem medicamentos para TPA. Mas como causam severos danos para as pessoas, tendem a ser segregados da sociedade o que é uma lástima.

A psicoterapia familiar se adequa muito bem para se trabalhar questões da infância e de como melhorar as relações e danos causados a família. Alguns ao longo de sua biografia podem diminuir os sintomas, minimizando o impacto.

O diagnóstico de TPA só pode ser feito a partir de 18 anos. Antes disso, já podem ser vistos sintomas que conduzem a um diagnóstico de Transtorno de Conduta.

Mas de qualquer forma, acho que toda pessoa merece atendimento e pode ser digna de ter resultados satisfatórios. Pode se trabalhar formas de se ter prazer sem se colocar em risco, e formas de se gratificar tendo comportamentos adequados. Mas temos um outro agravante: para se fazer um tratamento, o paciente precisa se incomodar com seu quadro para querer a melhora. A maioria destes pacientes não vêem sua própria situação como ruim e muitos nem se incomodam com a punição, então fica bem desafiante o processo. Para se tratar a pessoa precisa QUERER!!! Aí é importante que pessoas de sua convivência se trabalhem pra lidar com a situação.