Adoroooooo essa tema! A Antroposofia traz doze sentidos que são percursores para o desenvolvimento saudável do ser humano. Hoje vou focar no sentido do tato, correlacionando-o com outro tema que amo, que são os relacionamentos humano. Vamos juntos nesta jornada?
O que é o sentido do tato?
O tato nos traz informação pelo que tocamos e sentimos, tanto pela pele como pela pressão do toque. Ela nos traz a consciência da forma física corporal e portanto o limite entre eu e o mundo externo.
A criança quando nasce sai do envoltório de dentro da barriga. Se a gente for se imaginar o bebê dentro do útero, é apertado, e o tato é estimulado a todo momento. E quando sai da barriga, é um espaço ilimitado. Por isso, faz-se importante dar bastante colo para as crianças para retomar o “paraíso perdido” através do carinho e conexão com os pais. E é partir desse encontro com o outro é que começa o relacionamento. Antes com nossos pais, e depois com o outro quando tornar-se adulto.
Como o tato pode contribuir nos relacionamentos na vida adulta?
Como foi a qualidade do relacionamento com seus pais nos seus primeiro sete anos de vida? Os primeiros anos correspondem ao primeiro setênio, em que o sentido do tato precisa ser estimulado de forma saudável e portanto pode ser determinante de como essa “pessoinha”vai se relacionar quando for um adulto. Você foi amamentada até quando? O contato com o peito da mãe pode contribuir (e muito!) para o desenvolvimento sexual sadio posterior. Escrevi um artigo sobre isso, clique aqui para ler na íntegra.
Você foi “ensinada” a dormir sozinha no berço? Falo isso porque a criança chora porque tem medo de ficar sozinha (mesmo que inconsciente quando se é um bebê). De fato, ela não sabe onde os pais estão, nós pais sabemos. “Mas Patricia, eu preciso dormir! Não dá para ficar indo lá no quarto toda hora. Até mesmo quando ele era grande” (ao redor de 2 anos). Sim, então compartilhe a cama ou o quarto, até a criança sentir-se segura. Isto é, o tato traz a sensação de contingência, segurança e principalmente, de ser amado. Posteriormente isso reverberá na autoestima da criança (e do futuro adulto) e na confiança de si mesma e do mundo. Afinal, se nem meus pais me acolhem quando estou me “borrando” de medo, quem irá? Poderei confiar nas pessoas?
O sentido do tato se for estimulado de maneira saudável irá contribuir para conseguir colocar-se no lugar do outro (na fase adulta). É o que chamamos de empatia. Caso contrário, é o tal salve-se quem puder. Afinal, é o que podemos ver no mundo: competição pelo poder, ganhar vantagem sobre o outro. No fim das contas, se a gente olhar lá no fundo dessas pessoas, elas estão implorando por amor e reconhecimento. Porque não se sentiram amados e acolhidos.
Agora se você não foi acolhido como gostaria, não foi necessariamente culpa dos seus pais. Porque talvez eles não receberam ou não souberam fazer diferente. O que importa então é você ressignificar esses acontecimentos e curar-se dessas feridas. Não existe pais perfeitos, podem haver pais conscientes. E mesmo conscientes, não são perfeitos. Irão errar muito! Logo, cabe a nós reescrever a nossa história!
Além do mais, nos relacionamentos, o tato é imprescindível para a conexão entre o casal! Tanto através do carinho e amor no toque, como também com o olhar carinhoso. Portanto expresse seu amor! Afinal o amor cura!
Muito toque de amor para vocês, Patricia.
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