Oie!!! Estou inspirada para falar de educação infantil! Antes de que me perguntem: não, não atendo crianças. Quando atendia me sentia extremamente frustrada porque via nos pais a importância da mudança para ajudá-la. Além disso percebia manifestações dos mesmos com a mudança da criança, como se grande parte do seu comportamento não fosse reflexo dos pais, ou seja, a queixa tinha a ver com a própria educação e mandeira de ser dos pais. Ah Patricia! Mas tudo é culpa dos pais? Primeiro, não gosto da palavra culpa. Segundo, não é tudo culpa do pais, mas a responsabilidade de formar aquela “pessoinha” com valores e exemplos a serem seguidos, isso sim! E muito! Então, tomei uma decisão de não atendê-las mais, mas estou aberta a atender os pais que têm dificuldades com seus filhos. E também faço um trabalho preventivo de conscientização da importância dos pais neste jornada de educação.
A Antroposofia fala que no primeiro setênio, as crianças são esponjinhas, absorvem todo o ambiente e quem nele vive. A percepção é toda aberta e a curiosidade de conhecer faz com que ela introjete tudo que esta por perto por meio de todos os sentidos. Não é a toa que olham com atenção, pegam, lambem, comem, cheiram, e fazem de tudo que são aptas a fazer! E se elas observam pessoas, absorvem seus comportamentos, crenças, e é claro seus valores, inclusive as inconscientes, principalmente das pessoas que elas mais convivem e que tem seu DNA! Ou seja, seus pais!
A neurociência já comprova isso pelos neurônios-espelho. Esses neurônios são responsáveis pelo fato de animais ou pessoas imitarem comportamentos pela observação de outro animais (do mesmo grupo) ou outras pessoas, respectivamente. Sou mãe de um menino de 2 anos. Quando ele nem falava ainda, ele começou a expressar em várias situações uma expressão: Ishiiiii! Eu achava engraçado e bonitinho e me perguntava: da onde ele tirou isso??? Até que dias depois vi uma flor caindo no chão e falei: Iiiishi, olha a flor aí! Neste momento, eu tive a resposta! hahaha
E quais são as responsabilidades dos pais na educação infantil?
Usei um exemplo simples, mas isso acontece a todo momento. Portanto, nossa responsabilidade é enorme de educar de maneira consciente e coerente. Não adianta educar para parar de gritar quando você grita. Não adianta educar para não mentir, quando a criança percebe que você está triste e você diz que esta tudo bem e esconde as lágrimas. Não adianta educar para que seja um empreendedor de sucesso, quando você não deixa a criança explorar o mundo com autonomia. Meu último artigo eu falei disso com maior profundidade. Clique aqui para conferir!
É preciso muita consciência para colocar um filho no mundo e eu tenho certeza que para fazer um mundo melhor, precisamos mudar a forma como educamos as nossas crianças. E como mudamos? Uma pausa para vocês refletirem! (……………………………………………….) Mudando a gente mesmo, evoluindo e expandindo a consciência sobre nós mesmos e sobre os outros. Assim passamos essa nova forma de ver o mundo para nossos filhos. Você acha tudo isso uma besteira???? Olhe para o mundo, para o nosso país. Tem dado certo? Portanto, precisamos mudar! E isso começa por nós mesmos!
Passar valores de respeito ao próximo, não praticar corrupção no trânsito e no nosso dia-a dia, ser gentil, não bater, falar com firmeza sem a necessidade de gritar. E mais que isso, ser genuíno ao fazer tudo isso. A criança percebe mais do que podemos imaginar: ela se dá conta que a gente não está bem antes mesmo da gente perceber. Em outras palavras, acredito que ela nos ensina mais do que nós a ela. Porque perdemos a conexão com nosso próprio corpo, e ela não. Então não estimule essa perda, se conectando ao seu corpo! E se não conseguir, peça ajuda. Sempre!
