Olá caros leitores, postei semana passada nas minhas redes sociais um post sobre a Síndrome de Burnout e achei relevante escrever um artigo sobre o tema. Esta síndrome tem sido cada vez mais comum, principalmente em cidades como São Paulo, onde o ser humano quando se dá conta já deixou de ser HUMANO e virou máquina de fazer, fazer e fazer.
Infelizmente a realidade das organizações estimula o excesso de trabalho, minimiza o número de colaboradores para aumento da lucratividade e as pessoas ainda tem o mind-set de competitividade. Isso gera um estresse enorme. Ter um certo grau de estresse que faz parte, mas quando isso se torna crônico, é prejudicial para a saúde física, mental e espiritual.
E imagina você indo para o seu trabalho e no caminho a ansiedade vai aumentando gradativamente. E costuma-se ser maior quando o seu trabalho impacta a vida de outras pessoas, como é o caso de profissionais de saúde, jornalistas, advogados, etc. Mas não se resume a esses profissionais não. Empresas e multinacionais também apresentam casos de Burnout, afinal como disse anteriormente a demanda é infinita e pior, exigente. Sem falar que muitas relações no trabalho são negativas e perversas.
Quais são os sintomas da Síndrome de Burnout?
A Síndrome é comum quando no seu trabalho, você encontra relações prejudiciais, enfrenta problemas com os seu colegas, chefes e clientes, falta de cooperação, competição e desrespeito.
Além disso, as pessoas podem apresentar um grande desequilíbrio entre a vida pessoal e profissional, dando maior ênfase no seu trabalho e se esquecendo da preciosidade que é estar com família, amigos, e mais importante cuidar de si mesmo. São os tais chamados workaholics. Portanto o trabalho é excessivo e exigente e a carga de responsabilidade muitas vezes grande.
Pessoas com Burnout apresentam sintomas como fadiga, cansaço constante, problemas para dormir, pesadelos. Além disso as dores musculares e de cabeça são frequentes, irritabilidade, alterações de humor e de memória, dificuldade de concentração, falta de apetite e de disposição, angústia e perda de iniciativa.
Qual é o tratamento da Síndrome de Burnout?
O afastamento do trabalho faz parte do tratamento, mas muitas vezes não é a solução. A pessoa pode sair de férias, os sintomas desaparecem e ao retornar, tudo pode vir a tona novamente.
É preciso fazer uma avaliação do caso. E será avaliado se a origem de todo o mal-estar está na profissão, no dia-a-dia do trabalho, ou no desquilíbrio de vida da pessoa. Em outras palavras, se é o ambiente de trabalho que gera o estresse ou se é a própria dinâmica da pessoa frente ao trabalho que acarreta os sintomas.
Dependendo do caso, é necessário entrar com medicação por um período de tempo avaliado por um psiquiatra.
E na psicoterapia, é preciso trabalhar a partir da avaliação a relação do paciente com a profissão, trabalhar as relações no trabalho e os sintomas em si. Fazer trabalho corporal e meditação para ajudar no autocontrole das emoções e promoção de bem-estar. E fazer a terapia de autoeducação: estimular atividade física e meditação diária , conduzir práticas para dormir melhor (aliado ao psiquiatra). Além disso, é importante alimentar-se bem, ressocializar-se e manter uma vida social com a família e amigos, dentre outras atividades fontes de prazer, que são individuais e descobertas na psicoterapia.
Conhecem alguém com estes sintomas? Busque um profissional qualificado! Um abraço afetuoso, Patricia.
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