O que é e como tratar Transtorno de Deficit de atenção e hiperatividade (TDAH))

O TDAH  é um transtorno as vezes muito mal interpretado principalmente quando se trata de crianças, pois é esperado uma hiperatividade nas mesmas. Então um diagnóstico precoce podemos “encaixotá-la” em um diagnóstico errado, prover medicamentos desnecessários e não tratar a causa real de um possível comportamento ruim ou de uma dificuldade de aprendizagem com um fundo emocional.

Porém quando o diagnóstico é muito bem feito, pode ajudar muito as pessoas que de fato apresentam os sintomas de TDAH, pois dela pode se ter outros transtornos aliados (comorbidade).  Isso acontece porque como consequencia do transtorno, podem apresentar uma autoestima rebaixada devido a baixa produção e a dificuldade de contato social. Inicia-se na infância e pode se estender até a vida adulta. Mas vamos explicar o que é para ficar mais claro para vocês, leitores.

O que é TDAH?

As pessoas com TDAH são incapazes de focar sua atenção por um período de tempo razoável e isto acaba pode provocar dois caminhos: devaneios com agitação psicomotora de tempos em tempos ou comportamentos impulsivo e disruptivos: como correr e falar sem considerar se é apropriado. Este último principalmente em crianças em que o autocontrole está sendo desenvolvido no cérebro.

Devido a falta de atenção, não conseguem executar instruções, são distraídas com facilidade e apresentam dificuldade de concluir uma tarefa.

Outra característica perceptível é o nível de atividade muito alto. As crianças têm dificuldade de ficar paradas ou mesmo permanecer sentadas, e elas conseguem agitar uma sala de aula e mudam de uma atividade a outra.

Elas apesar de serem apreciadas pelos amigos da sala, elas não desenvolvem relacionamentos pessoais próximos. Isso se aplica aos adultos com TDAH, por terem dificuldade de manter contato com presença e atenção por um tempo maior. E como disse, a comorbidade com outros transtornos os levam a distanciar das pessoas. Outro problema recorrente é a dificuldade de aprendizagem. Isso não tem nada a ver com inteligência, viu gente? Sabe-se que um dos pilares importantes para a aprendizagem é a atenção. Portanto se não há foco e atenção, a aprendizagem é prejudicada.

Como tratar o TDAH?

Quando a falta de atenção e a agitação psicomotora é excessiva porém isso não traz grandes prejuízos para sua vida, a psicoterapia pode ser chamada de “educacional”. O que seria isso? Levantar junto com o paciente estratégias para mimizar o impacto na rotina. Por exemplo: anotar na agenda as tarefas a serem feitas, colocar um prazo mais curto para realização das tarefas, trazendo uma maior dinâmica para a realização das mesmas, pensar mais em estudos em grupo. Enfim, possibilidades mil, adequando a estratégia individual para cada pessoa.

Agora quando o impacto é enorme, é interessante passar por um psiquiatra/pediatra/neurologista especialistas no assunto para avaliação. Na maioria dos casos, é recomendando a ritalina para quando precisar focar a atenção em situações que são necessárias. Infelizmente pode haver impactos negativos com a droga, que varia de pessoa para pessoa. Mas observa-se que os impactos positivos superam muito os negativos, então de uma forma geral, mostra-se benéfico usá-la. Além disso, a psicoterapia “educacional” descrita acima se faz necessário. E a convencional também para trabalhar sua identidade distorcida, suas crenças limitantes e autoestima rebaixada, que provavelmente foram consequências do transtorno. Infelizmente não há cura e sim melhoria do quadro e uma maior adaptacão com o tratamento.

Quer ter uma idéia como é apresentar TDAH?

Vamos colocar-se na pele de alguém com TDAH não é fácil. Imagina você não conseguir focar em uma tarefa, e já querer sair de onde está ou ficar em devaneios sem fim. Você também não consegue se envolver socialmente, porque também não consegue prestar atenção em uma conversa longa. Não conclui o que começa enquanto todos ao seu redor concluem. Esquece de compromissos, apresenta dificuldade de organizar e planejar alguma tarefa do dia-a dia e fala demasiadamente. Imaginou quanto tempo perdido sem parar no lugar mas ao mesmo tempo”sem sair dele”?

Você começa a se sentir incapaz. Ouve julgamentos, como “essa aí vive sonhando acordado”, “ele é burro, não faz nenhuma lição”, “que desligado!”. E com o tempo, esse julgamentos passam a ser sua identidade. Sua autoestima fica arruinada, e pode ter ansiedade frente a uma atividade escolar ou no trabalho. Enfim, deu pra sentir? Não é fácil.

Antes de julgar uma pessoa, informe-se. O julgamento só distancia a pessoa de você, faça o contrário. Traga-a para perto, converse, tente entender o mundo dessa pessoa. Assim você pode fazer grande diferença! Com amor, Patricia.