Como a psicoterapia contribui para a superação do trauma de assalto

Olá! O assunto de hoje é assalto. Triste né? Mas é a realidade de muitos, para não dizer de todos. Porque afinal quem de nós não vivenciamos alguma situação assim? Há “privilegiados” que as vezes são furtados, cujo impacto é menor. Há aquele ditado: o que os olhos não vêem o coração não sente. Porém quando a pessoa é abordada, a sensação de impotência, de invasão é enorme.

O pior assalto que eu vivi, eu devia ter uns 24 anos. Estava em um carro com um paquera na porta do meu prédio conversando enquanto ele fumava um cigarro. Alertei do perigo e ele me chamou de neurótica. Minutos depois, fomos abordados por dois homens armados. O paquera ligou o carro e saiu ventando para meu susto e sua maluquice. Fomos seguidos e quando um dos assaltantes deram um tiro, o paquera feriou bruscamente, e por nossa sorte um ônibus bateu na traseira do carro e este foi destruído. O objeto de desejo dos assaltantes já era, para meu alívio. Cada um reage de um jeito, mas no meu caso percebo que de início eu nego o assalto, e acho que é uma brincadeira de mal gosto das pessoas. Eita mecanismo de defesa atuante!!!! Mas depois vem o choque de realidade. Depois desse dia, foi muito desafiante voltar as ruas. Mas como estava em terapia, me ajudou muito. E depois de um mês estava enfrentando meu medo, e após dois anos as lembranças não vieram mais a tona.

Isso é o que acontece. O trauma fica impregnado na mente, e as pessoas revivem o evento em situações semelhantes, ou podem ter comportamento evitativo. É muito comum ter sonhos iguais ou com o mesmo tema do trauma.

Como a psicoterapia pode contribuir para a melhora do trauma de assalto?

As pessoas apresentam um quadro ansioso frente a situações que possam ter o gatilho de reviver o trauma. Se o assalto foi na rua, pode ter medo de sair de casa e andar sozinho na rua. Se foi no carro, de achar que será abordado quando alguma pessoa passa por perto. Se foi perseguido, checar se há pessoas atrás. Enfim, possibilidade são inúmeras. Então é muito importante trabalhar essa ansiedade com meditação e relaxamento, trabalhar as crenças que foram construídas a partir do trauma e desmistificá-las, anulando seu efeito ao longo do processo.

E uma coisa muito importante: trabalhar a fé, de acordo com as crenças religiosas de cada pessoa. O que a pessoa faz para aumentar a fé, a conexão com  bondade, luz e amor. Quando estamos nesta vibração, nossa confiança no mundo aumenta. E também é possível atingir este estado com diferentes meditações e mantras que ensino, e que a pessoa pode fazer diariamente. A prática diária é a chave do sucesso do tratamento! 😉

Gostaram? Espero que sim. Um carinho meu, Patricia.

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