Prevenção de abuso sexual: orientações para pais e cuidadores

Aqui estou para escrever as orientações para que se haja a prevenção do abuso sexual de uma criança, promessa feita no meu artigo anterior, e promessa é dívida! 😉 Como disse, a responsabilidade de acontecer o abuso sexual de uma criança é dos pais. Não digo isso para gerar o sentimento de culpa, como muitos de vocês devem estar pensando. Mas nós, pais e cuidadores, precisamos ter consciência do quanto isso é comum e que somos nós que cuidamos deles em todos os âmbitos de sua vida.

Infelizmente há adultos que pensam que a criança expõe seu físico e por isso dão chance para abusadores. Mas meus caros, pensem. A criança simplesmente é, ela não tem a sedução e a malícia que os adultos têm. Elas ainda não tem a repressão da sexualidade, não tem a consciência de que seu corpo pode ser desejado. Para elas, tudo é normal: mexer nos genitais é gostoso, e elas mexem. Elas simplesmente são. Nós adultos que somos os exemplos e espelhos para elas e nós que vamos dando limites e as colocando em caixinhas. As vezes as caixas são tão pequenas, que tiramos delas o que elas têm de melhor: a espontaneidade e a criatividade. Mas “bora” voltar para o tema que me trouxe aqui. (risos)

Quais as orientação para prevenir o abuso sexual?

  • Explicar que se alguém mexer nos genitais e em seu corpo de uma forma que o deixe envergonhado ou incomodado, que ele deve não permitir. E claro avisar os pais. (E quando for o pai ou a mãe? Difícil não? Avisar a outra figura parental!)
  • Avisar que não é comum mexer nas partes íntimas das pessoas (mesmo pessoas próximas e da família), portanto quando assim o fizerem fora do contexto de limpeza, que ele pode estranhar e comunicar os pais;
  • Em situações de perigo, a criança pode e deve gritar ou avisar outras pessoas da suspeita de qualquer perigo, sem ter vergonha disso;
  • Não aceitar favores e dinheiro de estranhos;
  • Manter a vigilância de situações perigosas inclusive com pessoas próximas (familiares, babá, amigos íntimos)
  • Estar ciente do que a criança está fazendo;
  • Conhecer os amigos das crianças, inclusive os mais velhos. Ah, e de seus pais também;
  • Ficar atento a qualquer mudança de humor e de comportamento diários, mas principalmente em situações específicas com alguém específico. A criança demonstra um desajuste com o abusador por perto.
  • Denunciar qualquer suspeita de abuso sexual. Sim, eu disse suspeita, mesmo que seja ainda uma hipótese a ser averiguada. É a vida de uma criança que está em jogo. Se for confirmado, o abusador precisa também ser tratado para romper o ciclo de abusos, afinal outras crianças podem ser vítimas.

Disque denúncia: Disque 100.

Vamos cuidar das nossas crianças? E também dos abusadores, afinal eles também foram vítimas quando eram crianças. Contem comigo. Beijos luminosos, Patricia.

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