Olá a todos! Quem tem acompanhado meus artigos, sabe os inúmeros que tenho escrito sobre os transtornos mentais. E sempre friso a importância de termos informação para assim conseguir buscar profissionais que possam atender as nossas demandas. Mas ao constatar o crescimento do portfolio de artigos, sempre vinha uma sensação ruim. Deixava para lá, afinal a intenção era mais que positiva: informar! Hoje resolvi entrar em contato, e aqui estou escrevendo sobre isso.
Qual é o problema do diagnóstico do Transtorno Mental?
O lado bom de se ter um diagnóstico é que assim pode-se tomar as devidas ações para o tratamento ideal. Isso vale tanto para uma doença física quanto para as doenças emocionais. Você sabe quais profissionais da saúde você precisa e suas respectivas especialidades. E vai em busca para seu tratamento.
Agora o lado negativo do diagnóstico é que a pessoa passa a se resumir ao transtorno ou doença que ela apresenta. Ela é vista desta forma.
Podemos ver isso claramente nos hospitais, que os internados são chamados pela doença e não pelo nome. A minha primeira internação foi no parto do meu filho. Eu não era chamada de Patricia, e sim de “mãezinha”. Cacildes, sou muito mais que mãezinha. Ok, ok. É um apelido carinhoso, mas quando se trata de uma doença, sabe-se que os profissionais de saúde referem-se a pessoa pela doença ou pelo leito ocupado.
O que quero dizer com toda essa história é que por detrás daquele diagnóstico, existe um ser humano que vive e sente um monte de coisas, e não se resume a um aglomerados de sintomas. Um ser humano que tem uma biografia, desafios, e uma essência linda a ser descoberta, que merece todo respeito ao ser tratado como uma individualidade em evolução. Falo isso também porque ouço relatos de alguns pacientes que trazem essa sensação de julgamento com relação a um diagnóstico.
Nem precisamos ir muito longe. Atualmente para muitos, a psicoterapia é para loucos, então o julgamento depreciativo e preconceito ainda existem para diagnósticos de transtornos mentais. Todos nós devemos olhar o ser humano como um todo e ver que ele é muito mais do que se apresenta. O verbo em inglês to be, ser e estar. Estou refere-se ao momento atual; e ser a uma eternidade, sem passado, presente e futuro.
Mais gentileza e amor com as pessoas e com o mundo! Amor, amor e amor, Patricia.
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