Ansiedade é uma palavra presente em quase todos os moradores de grandes metrópoles, por isso é importante falar sobre isso. É muito comum aparecer um transtorno de ansiedade em comorbidade com outros transtornos, como depressão ou esquizofrenia, por exemplo, podendo ser primário ou secundário.
Quais são os sintomas?
As pessoas sentem ansiedade, tensão, apreensão e pânico. Há um sentimento de desastre iminente a partir de alguma fonte específica ou desconhecida. Podem ser incluídas a depressão quando a pessoa não vê uma solução para seus problemas, e irritabilidade pela perda de sono, que é muito comum.
Outro sintoma recorrente é desatenção e distração, pois pessoas ansiosas focam tanto na problemática que desencadeia a ansiedade, que não tem energia para focar nos problemas reais do dia-a-dia. Por isso, apresentam dificuldade para estudar e trabalhar eficazmente.
Os sintomas físicos podem ser suor, boca seca, respiração curta, aumento da freqüência cardíaca e pressão sangüínea e tensão muscular. Sintomas de hiperventilação também podem acontecer quando a pessoa respira rápido demais, como dor de cabeça, formigamento das extremidades, palpitações cardíacas, dor no tórax e falta de ar. Se a ansiedade for crônica, pode-se desenvolver dores de cabeça contínuas, cólicas intestinais, gases, úlceras e gastrites. A manifestação de sintomas físicos muda de pessoa para pessoa.
É esperado que pacientes ansiosos demonstrem impaciência, atividade motora intensa com movimentos rápidos dos pés e mãos e respostas súbitas frente a um ruído inesperado.
Quais são as possíveis causas?
As causas são inúmeras e irei citar algumas delas.
Qualquer ameaça e desafio que venha do mundo exterior pode desencadear a ansiedade, como doenças, problemas financeiros, possíveis fracassos.
Se você estiver vivenciando um conflito por uma necessidade que você tenha e tenha crenças limitantes que te motivem a não realizá-la, a ansiedade pode ser disparada. Muitas delas são inconscientes, pois são padrões que foram introjetadas desde a infância. Quanto mais rígidos somos, mais limitação nos colocamos de maneira inconsciente, e consequentemente o preço a se pagar da ansiedade é alto…
Os pensamentos que os ansiosos alimentam são estimulantes para que o quadro persista, pois o foco no pensar fica sobre o problema e não na solução. Ainda mais na vida atual que levamos, na qual precisamos dar conta de tudo: casa, trabalho, família, etc. E persistir neste lugar de dar conta de tudo gera estresse e ansiedade.
Pesquisas científicas demonstram que após o nascimento do bebê, ele demanda de muito colo e contato. E não suprir essa necessidade, leva-o a sentir desamparo e sensação de “morte” já que está em um ambiente expandindo, com muita luz e frio, muito diferente do útero em que ficou por 10 meses.
Outras pesquisas também trazem a importância de não deixar o bebê chorar por muito tempo, pois isso libera neurotransmissores, responsáveis pelo estresse, os quais são os mesmos disparados frente a ansiedade e tensão. Ou seja, bebês que choram muito quando vão dormir, e são deixados no berço para “aprender a dormir sozinhos”, vivenciam sensações de desprazer, abandono, e estresse. E se isso for um prática rotineira, a probabilidade de ser uma criança e adulto ansiosos é muito maior. Nós adultos, que temos consciência, devemos nos colocar no lugar do bebê, que está em desenvolvimento. Ele não sabe se será atendido frente alguma ameaça, ele é pura sensação. Neste casos, vivência o perigo de maneira visceral, e a falta de conforto e acolhimento pode gerar nele inconscientemente padrões de rejeição e abandono, e sentir que ele não pode contar com as pessoas. O mundo fica ruim e perigoso…
Qual é o tratamento?
A psicoterapia é eficaz para muitos pacientes com transtorno de ansiedade, pois nela você pode analisar os pensamentos e os eventos que desencadeiam a ansiedade. Quem é ansioso fica muito preocupado no futuro e se esquece de viver o aqui e o agora. Por isso, incorporar exercícios de meditação diários pode ajudar muito na melhora do quadro. Tendo consciência de seus padrões, desacelerando os pensamentos, e conseguindo se ater ao momento presente, os sintomas vão melhorar muito ou até desaparecer. Além disso, por de trás de toda ansiedade, há um medo inconsciente que a pessoa não entra em contato, e torná-lo consciente na psicoterapia será de extrema importância para a melhora dos sintomas.
Pode-se fazer uso de medicamentos antroposóficos para auxílio da ansiedade, e em casos extremos, encaminho para medicamento alopáticos, mediante acompanhamento da psiquiatra de minha confiança.
Fazer atividade física contribui muito e faz parte do tratamento ter hábitos regulares. Já é comprovado a eficácia para a saúde em geral e melhoria do sono. Evitar o excesso de informação via televisão e internet. Pesquisas científicas mostram que isso é estimulante, tendendo a ficar hiperativos. Fazer uma desintoxicação digital seria de bom tom! Risos
E mais ainda, viva a vida, esteja com a família, viaje de preferência para a natureza, beije, abrace! Abraços longos são terapêuticos. Seja feliz!!!
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